A realização de uma pesquisa de revisão sistemática com metanálise ou meta-análise não é uma tarefa fácil.
De fato, existem normas para a sua elaboração e, da mesma forma que outros formatos de pesquisa, recomendam-se para o formato de apresentação dos seus resultados, que os mesmos estejam de acordo com padrões de qualidade, ou seja, que atentem as exigências para elaboração de uma pesquisa com cientificidade.
Esses padrões têm sido desenvolvidos por grupos internacionais multidisciplinares de especialistas que incluem alguns autores de revisão sistemática, metodólogos, clínicos e editores.
Os conceitos de revisão sistemática e metanálise são ainda recentes, se formos comparar com outros tipos de métodos.
Inclusive, ambos surgem em meados da década de 70 e desde então esse tipo de metodologia de pesquisa busca aportar maior rigor, tanto ao processo de seleção dos trabalhos, como na posterior integração e análise dos resultados.
Aliás, é válido destacar que alguns autores utilizam o termo metanálise como sinônimo de “revisão sistemática com tratamento estatístico de dados” e outros se referem às revisões sistemáticas como “metanálise sem tratamento estatístico”.
É justamente por isso que desenvolvemos o nosso conteúdo de hoje, uma vez que é importante entender esses conceitos e saber o que eles significam e como se diferenciam, já que a terminologia nem sempre está clara na literatura científica.
Confira e faça uma boa leitura!
Saiba o que significam os termos Revisão Sistemática e Metanálise
Revisão sistemática com metanálise
O processo de realização de uma revisão sistemática com metanálise não é um método fácil de colocar em prática e, portanto, é tão desafiador quanto qualquer outro tipo de metodologia de pesquisa científica.
De qualquer forma, precisamos ter em mente que, uma boa revisão sistemática se constitui em uma excelente ferramenta para se encontrar a melhor evidência disponível sobre um tema de interesse.
Além disso, uma leitura crítica e objetiva desses trabalhos é indispensável para poder analisar sua medida de qualidade metodológica e realizar uma correta interpretação de suas conclusões.
Compreendendo a revisão sistemática com metanálise
A revisão sistemática com metanálise surgiu por diferentes razões. No entanto, as três principais delas são:
- Necessidade de um incremento exponencial das informações: todos os dias vemos aumentar os números de estudos e pesquisas que são publicados, os quais exigem que existam documentos que os sintetizem, de modo ordenado e com um critério científico, a fim de saber qual é o estado do conhecimento sobre o tema estudado. É justamente por isso que a revisão sistemática com metanálise envolve procedimentos metodológicos imprescindíveis para este fim.
- Capacidade para uma análise crítica da pesquisa: nem todas as pessoas estão capacitadas para analisar criticamente os estudos dentro de determinado nicho de pesquisa. No entanto, uma revisão sistemática com metanálise exige esse tipo de perfil pesquisador, logo para poder se aventurar neste método, antes é preciso ser especialista em avaliação da qualidade das pesquisas.
- Aumentar o tamanho da mostra: ao somar os resultados de várias pesquisas iguais, ou muito similares, aumentamos o número de participantes. Em um número importante de estudos, ao não comprovar as hipóteses levantadas pela pesquisa, é comum vermos argumentos de que, para se alcançar os resultados desejados “se requer mais estudos para aprofundamento”, ou “uma ampliação das amostras”. Quando se realiza uma revisão sistemática com metanálise, estamos com uma possibilidade de recriar um estudo com maior número de participantes, para poder comprovar tais hipóteses, pois a base da dados é muito maior.
Compreenda as diferenças dos termos
Diferença entre revisão sistemática e metanálise
Antes de qualquer coisa, também precisamos ter em mente que, as revisões sistemáticas e metanálise são tipologias de pesquisas consideradas originais, e cuja finalidade são os estudos ou pesquisas primárias.
Frequentemente, uma revisão sistemática é confundida com uma metodologia de metanálise. No entanto, precisamos ter claro que estes métodos de estudo não são elementos equivalentes, uma vez que uma metanálise consiste na aplicação de métodos estatísticos para resumir os efeitos das intervenções.
Em outras palavras:
Uma metanálise nos permite obter estimativas com maior precisão, além de permitir explorar a consistência e as diferenças entre os estudos.
Já as revisões sistemáticas são um tipo de pesquisa considerado um dos mais avançados na atualidade.
Inclusive, hoje em dia se recomendam estes dois métodos para cada uma das distintas realidades, já que nem todas as revisões sistemáticas incluirão necessariamente uma metanálise.
Desse modo:
Falamos de revisão sistemática, para nos referir ao processo de identificar e avaliar estudos do mesmo tipo e com um objeto comum, enquanto que por metanálise nos referimos habitualmente ao conjunto de técnicas estatísticas, mediante as quais são combinados os resultados desses estudos, a fim de se obter parâmetros de medida globais.
Em outras palavras, podemos inferir que, a metanálise é somente uma parte de uma revisão sistemática.
Desse modo, além de trazer elementos da metanálise para um estudo, a revisão sistemática também incluirá ao seu processo metodológico, uma busca e localização protocolada de toda a informação disponível no âmbito científico e acadêmico.
Esses materiais podem ter sido publicados, ou não, desde que tenham relação com a questão planejada sobre a qual queremos pesquisar.
Além disso, há um critério maior de análise e julgamento da qualidade dos trabalhos encontrados.
Também podemos encontrar uma revisão sistemática que não possua metanálise. No entanto, o contrário não teria muita lógica.
Isso porque podemos aplicar a técnica de metanálise a um conjunto arbitrário de estudos, ainda que estejam centrados na mesma questão problema, mas se não houver a intenção de realizar uma busca/pesquisa exaustiva, os resultados podem não ter valor, nem rigor científico.
SINTETIZANDO… o termo “revisão sistemática” faz referência a todo o processo e engloba a parte quantitativa conhecida como metanálise.
Revisão Sistemática – significado e tipos
Revisão Sistemática
- São aquelas pesquisas que buscam resumir e analisar a evidência com base em uma pergunta específica de pesquisa, a qual está estruturada, explícita e sistemática.
- Tipicamente, se explica o método utilizado para encontrar, selecionar, analisar e sintetizar a evidência apresentada pelo pesquisador.
Revisão Sistemática Qualitativa
→ Neste caso, a revisão sistemática irá apresentar as evidências em forma de conteúdo descritivo, sem análise de dados estatísticos.
Revisão sistemática Quantitativa com Metanálise
→ Neste caso, a pesquisa utiliza-se de técnicas estatísticas, as quais são combinadas de modo quantitativo e os resultados aparecerão em um único estimador pontual.
Conclusão e Pontos Principais
Como foi possível constatar ao longo do nosso artigo de hoje, as revisões sistemáticas com metanálise tiveram um crescimento exponencial nas últimas décadas, dado que são um apoio fundamental para a tomada de decisões, independente do seu nicho de pesquisa.
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Além disso, esses métodos acabam permitindo, de uma maneira simples e metódica, que possamos solucionar problemas que estão circulando no âmbito acadêmico e científico, principalmente entre teóricos de um mesmo nicho de pesquisa.
Desse modo, se estes métodos de estudo são do seu interesse é importante que você busque desenvolver um aprofundamento teórico sobre eles, conhecendo o passo a passo para desenvolvimento dos seus procedimentos metodológicos para a coleta de dados.
Lembrando que esses métodos envolvem uma leitura exaustiva de materiais e teorias, logo, se você tem um perfil acadêmico e científico que não gosta muito de ler, este pode não ser o método mais adequado para desenvolver sua pesquisa.
E aí, gostou do nosso conteúdo de hoje?
Já conhecia essas tipologias de pesquisa? Pensa em desenvolver alguma delas em seu estudo?
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